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segunda-feira, 26 de junho de 2023

O problema de crescer!? É ver problemas!

 Olá! Sou a Sílvia Inácio. 

Eu sinto a adolescência como uma fase da nossa vida em que começamos a ter uma consciência de nós e dos outros. Onde um milhão de perguntas nos assalta!
Vou partilhar contigo um excerto do meu livro Remembranças:

"Data: 16 anos, 8 meses e 16 dias

Muita água correu depois da última vez que te escrevi. Não sei se algo radical mudou em mim, se estou mais madura, mas o meu desejo de que isso tenha acontecido para que eu possa definir os meus sentimentos e ideias de uma maneia mais racional e lógica [que deve caracterizar um espírito adulto], é grande.
Eu quero saber o que penso e porquê e detesto esta confusão onde tudo ainda não solidificou, mas, contraditoriamente, também gosto que ainda não tenha solidificado!
Entendes-me, Bia? 
Agora começo a compreender como era bom ser criança, não ter de pensar se estava certo ou errado.
Agora tenho todas as regras de uma sociedade, que não compreendo, para cumprir. Meu Deus!! 
A minha irmã mais nova diz que eu estou esquisita e no outro dia perguntou-me qual era o problema de crescer, eu respondi-lhe: 
- O problema de crescer!? É ver problemas! 
Cada dia tenho mais provas disso: o problema de crescer, é ver problemas!!! 

PS: Bia, queria tanto um abraço teu… "

in Remembranças, pag. 141

sábado, 24 de junho de 2023

Tenho 50 anos, portanto a minha adolescência ficou lá para trás, longe ...

Mas lembro-me de tudo, claro. Sobretudo lembro-me como tudo era intenso.

A curiosidade era intensa, ansiedade quase, em relação ao futuro, em relação à vida de adulto, à vida profissional, à vida amorosa. Essa curiosidade é um sentimento dual, pois por um lado há impaciência, quero experimentar tudo já, quero correr para frente, viver todas as experiências que, tenho a certeza, estão à minha espera para serem vividas. Por outro lado, há medo. Serei eu capaz de viver uma vida independente, sem o apoio dos meus pais ? Serei eu capaz de ganhar dinheiro suficiente para viver bem ? Suster uma família minha ? Entre todas essas experiências que estão à espera para serem vividas, provavelmente haverá algumas boas e outras más ...

Agora, olhando para trás, vejo que esse adolescente - que eu era - tinha razão.

Tinha razão em sentir curiosidade, em querer experimentar. A vida é, realmente, uma aventura extraordinária, uma viagem maravilhosa. Viajar, conhecer o mundo, aprender lińguas, conhecer pessoas, tantas, tantas coisas que  podemos fazer e que nos fazem sentir como a vida é boa ...

Poderia dizer "não havia razão para estar ansioso, as experiências chegam a nós, não precisamos de apressá-las". Certo, mas é impossível pedir a um adolescente que espere com calma e serenidade que as experiências cheguem a ele. A adolescência é assim mesmo, irrequieta, apressada, aliás este é o "charme" da adolescência.

Tinha razão em ter medo. Mais cedo ou mais tarde, experiências dolorosas vêm ter connosco e é impossível evitá-las, contorná-las. Doença, nossa ou de pessoas próximas. Morte de pessoas que amamos ou mesmo de animais que nos são queridos. Falhar. Sentir-se injustiçado.

Somando e subtraindo, será que a vida é mesmo boa ? Vale a pena viver ?

Vale a pena sim. A vida é como uma viagem. Pode ser difícil, aliás por vezes quanto mais difícil mais interessante é. Podemos ganhar arranhões ou mesmo feridas ao longo do percurso. Mas a viagem não deixa de ser maravilhosa.


sexta-feira, 23 de junho de 2023

Era uma adolescente muito solitária. Num mundo quase só dela.
O sentimento de solidão era gigante, muitas vezes exasperante. Mas esta adolescente não sabia como fazer para sair desta solidão.
Ela sentia que ninguém a iria entender e que se falasse do que se passava a iriam culpar e criticar. Algo que ela já fazia de forma "exemplar" consigo própria.
Estava assim numa espiral descendente sem dar conta.
E nesta espiral, sentia que as pessoas não a viam. E quando ocasionalmente alguém olhava para ela, o sentimento era de que, aquela pessoa sabia de tudo o que se passava. E nestas alturas sentia um puxão enorme para o seu isolamento, para a sua solidão... descia mais um pouco na sua espiral.
O seu refúgio eram os livros, os estudos. Um mundo onde se sentia livre, com coragem. Onde se sentia viva.
Na escola, os amigos quase não existiam... e os que estavam lá para ela, não percebiam a necessiidade de atenção que aquela adolescente precisava, a necessidade de carinho.
E, numa tentativa de ter essa atenção e esse carinho, a adolescente estudava para ser sempre uma das melhores da sua classe. E isto trouxe atenção mas não o carinho. Trouxe atenção que era interesseira e não a que ela necessitava. E com o tempo, mesmo os estudos já a faziam descer a sua espiral.
O que esta adolescente não sabia era que não precisava de ter medo de falar, de gritar ao mundo o que se passava consigo. Não sabia que podia pedir ajudar sem ser julgada ou criticada.

Hoje, já adulta, agradeço de coração a esta adolescente por ter feito a viagem descendente na espiral e não se ter perdido. Hoje, já adulta, sei que se tivesse gritado por ajuda que teria pessoas ao meu lado que me ajudariam, me dariam a atenção e carinho que precisava. Hoje, já adulta, digo... Não tenham vergonha ou medo, peçam ajuda sempre que sentirem que estão a descer a vossa espiral. Acreditem, vão ter SEMPRE, mas SEMPRE, alguém disposto a ajudar-vos.
E digo isto, porque agora já adulta, tive coragem para o fazer...
E desde o inicio tive sempre pessoas que me rodearam com amor e carinho. E neste processo descobri a AUTOCURA que me ajudou imenso e continua a ajudar. Onde descobri que não estou só. Onde percebi que eu me amo. E isso mudou a minha vida.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

És adolescente?

Nada te faz sentido?

Sentes-te irrequieto, ansioso?

Não tens paciência para os adultos?

Pior ainda, não tens paciência contigo próprio?

Tens vontade de chorar mas não choras?

Tens medo de errar? 

Estás a entrar em pânico por medo do futuro? Pelo desconhecido? 

E se eu te dissesse que é normal: mas que o "normal" não existe.

Que eu passei por isso há mais de 40 anos e que ainda me lembro como se fosse ontem. Que quase todos os adultos que desabafaram comigo, também passaram por isso.


Agora tens dois caminhos à tua frente. Um tem a tua cena, da aventura, da procura, da descoberta, tem tudo a ver contigo. O outro tem a cena dos adultos, dos que querem organizar a tua vida, dos que sabem o que é bom para ti, sabem como deves viver a tua vida, o que deves gostar, o que deves estudar, qual é a melhor profissão para ti.

É tu tens que escolher, tens mesmo que fazer a tua escolha, há uma onda que te empurra ; não dá para ficares parado. 


Se souberes usar a tua irrequietude para te redescobrires todos os dias, para viveres a tua aventura, aquela que está dentro de ti, tu vais conseguir! Vais conseguir que o adulto que cresce dentro de ti seja FELIZ!!!

A felicidade na vida adulta pode começar agora, com essa inquietação, sabiamente dirigida para a procura de ti próprio. 

Eu te posso ensinar como. O que sentes, daqui para a frente, será sempre um argumento, como diz a Alex Solnado. 
O que te vou ensinar chama se AUTOCURA. 
Queres vir aprender? Espero por ti !

Encontrou este texto e lhe lembrou que tem um filho a passar por isso? 
Lhe lembrou o adolescente que você foi e que a escolha que ele fez delineou, até hoje, o seu caminho?
Gostaria de ter feito diferente?
Esse adolescente vive dentro de si e está mais presente que nunca. El@ continua a sentir aquela dor. 
Quer tratar dessa dor?
Eu posso lhe ensinar como.
Sou terapeuta certificada de AUTOCURA pelo Projeto Alexandra Solnado e posso lhe ensinar como lidar com as suas emoções, passadas, presentes e futuras.
Venha aprender!